Nesse meio tempo trabalhando em marketing digital, estratégia e planejamento, tenho participado de vários começos: alguns meus, outros de clientes. Um dos recomeços que tive foi repensar o planejamento da marca do zero (mais de uma vez), primeiro, quando sai da antiga Impacta para construir a Urgeo, muito mais direcionada, posicionada e com identidade e, por último com o foco da pessoalização na minha persona para a identidade da marca,
Mudanças que marcaram muito sobre o amadurecimento, transformação e impacto em negócios da marca. Aqui, para esses começos sempre foi preciso uma coisa: abertura para mudar, ir com medo mesmo de fazer algo novamente ou voltar atrás.
Começar um posicionamento não é, na verdade, sobre um começo em si, afinal, se você vive, você já tem um posicionamento. Se você é a sua marca, o seu posicionamento pessoal é o da marca, se a sua lojinha posta fotos numa conta do Instagram, você já se posiciona, a diferença aqui é entre um posicionamento direcionado e estratégico para um sem planejamento.
Identificou a diferença?
Agora vamos ao exercício: se eu fosse começar hoje o meu posicionamento do zero, o que eu faria seria uma prática de criatividade e inspiração.
Primeiro, olhar para fora.
A primeira coisa que eu faria seria ter uma inspiração clara: uma palavra, um sentimento, um evento, um emoção, uma cor, uma estética. Algo que trouxesse um norte para o desenvolvimento dessa estratégia, como um termômetro para o tom do posicionamento.
Exemplo, eu poderia me inspirar no universo geek como referência, analisar os principais filmes, tendências, elementos, cores, palavras. Como funciona essa comunidade, o que acontece nesse universo e mapearia tudo aquilo que faz sentido para mim e para o meu posicionamento.
Segundo, olharia para dentro.
Faria aquela prática com os itens que já citei no texto anterior aqui do blog, pensando em criar uma estratégia com clareza sobre os itens principais de identidade dessa marca, envolvendo: Segmento que atua; Produto ou serviço comercializado; Qual problema resolve com o trabalho; Qual a solução que apresenta; Quais são os concorrentes; Qual o diferencial de mercado; Missão, visão e valores; Golden Circle; Público Alvo; Persona; Canais; Tom de voz; Palavras chave; O que a marca quer; Referências/inspirações.
Terceiro, faria o básico de forma profissional.
Sei que quem começa não tem muito capital para investir numa tacada nova, por isso, tudo o que der para fazer sozinho, a gente faz. Eu sei, já fiz isso. Começando hoje, eu faria investimento básico em desenvolvimento da identidade da marca com um designer: uma logo com uma boa qualidade e bem pensada, um investimento que vale muito além do inicial.
Quarto, faria ao contrário do que os gurus de marketing falam por aí.
Se estou começando, não preciso surtar com as pressões do digital, por isso, trabalhar posicionamento em no máximo 2 redes, reaproveitar conteúdo, ter uma frequência de 2 a 3 vezes na semana, mas com um conteúdo bem alinhado com aquele planejamento inicial.
Quinto, investiria o máximo possível em estudo e desenvolvimento de equipe.
Tudo bem começar sem entender o processo, ainda com zero experiência e conhecimento sobre o posicionamento, mas é preciso investimento para entender mais. Sem dinheiro? Investi com tempo em aprendizado gratuito. Sem tempo? Investir em equipe. Com equipe? Investir em qualificação para a gestão e assim segue o fluxo.
Em resumo, comece com o pé direito. Entenda o que pode e o que não pode investir nesse começo e dê o primeiro passo, somente assim as coisas vão andar e trazer resultados, afinal, as palavras chave do digital você já sabe: consistência, frequência e qualidade.
